sexta-feira, 24 de maio de 2013

SANTANA DO PARNAÍBA - CRIME EM CONDOMÍNIO

TIO DE HOMEM MORTO , CONTA OUTRA VERSÃO.

 
LINK :

http://noticias.r7.com/sao-paulo/tio-de-homem-morto-em-briga-entre-vizinhos-apresenta-outra-versao-sobre-discussao-com-autor-do-crime-25052013

 

Arma usada para matar casal em prédio de luxo tinha registro vencido, diz delegado



Guilherme Balza
Do UOL, em São Paulo
  • Reprodução/MB/Futura Press
    A dentista Miriam Cecilia Amstalden Baida, 37, foi morta com o marido Fabio de Rezende Rubim, 40 
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  • A dentista Miriam Cecilia Amstalden Baida, 37, foi morta com o marido Fabio de Rezende Rubim, 40
O delegado Andreas Schiffmann, responsável pelas investigações da morte do casal Fábio de Rezende Rubim, 40, e Miriam Cecília Amstalden Baida, 37, mortos pelo vizinho, o empresário Vicente D'alessio, 63, em Santana de Parnaíba (Grande SP), afirmou que a arma usada no crime estava com o registro vencido.
Segundo Schiffmann, titular do setor de homicídios da Delegacia Seccional de Santana de Parnaíba, a arma utilizada foi um revólver calibre 38 "relativamente novo". "A arma tinha um registro que estava vencido, mas não sabemos quando o registro venceu porque essas informações estão em um banco de dados da Polícia Federal (PF) no qual temos acesso a poucas informações", disse.
O delegado afirmou que o empresário não tinha porte de arma e, mesmo que tivesse, não poderia sair de casa com o revólver.
O crime aconteceu por volta de 21h desta quinta-feira (23), no condomínio residencial Bosque de Tamboré, na rua Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues. O empresário decidiu matar o casal logo após reclamar com a mulher do barulho que vinha do apartamento de cima, onde morava o casal e a filha de um ano e meio.

Casal se mudaria em um mês

Fábio Rubim era gerente de tesouraria da Dupont, além de ser subsíndico do prédio, e Miriam Baida era dentista e completaria 38 anos nesta sexta-feira. Segundo familiares, o casal se mudaria para Valinhos (85 km de São Paulo) em no máximo um mês em busca de qualidade de vida.
Eles estão sendo velados na capela Nossa Senhora de Lourdes, em Indaiatuba (98 km de São Paulo), onde casaram e batizaram a filha. "Não é um sentimento de revolta. É um inconformismo, uma desolação. Ninguém esperava uma tragédia dessas", disse no velório o jornalista e porta-voz da família Celso Ming, tio de Fábio.

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Onda de crimes no Estado de São Paulo224 fotos

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1º.mai.2013 - Um ônibus foi incendiado na avenida José Cesar de Oliveira, no bairro do Jaguaré, zona oeste de São Paulo, na tarde desta quarta-feira (1º). Cerca de 200 pessoas realizaram o ato em protesto contra uma ação policial que terminou com um suspeito de roubo baleado e outro preso na região da Vila Leopoldina, na zona oeste de São Paulo Leia mais Gabriela Biló/Futura Press

Vários tiros

Segundo as investigações, o empresário subiu ao apartamento do casal e fez seis disparos no total. Três perfuraram a porta que isola a sala e o corredor que dá acesso aos quartos e atingiram Fábio. "Ele tentou fechar a porta para se proteger", afirmou o delegado.
O corpo de Rubim foi encontrado apoiado na porta do corredor, com ferimentos no tórax. Já Baida foi morta em um dos quartos e tinha marcas de bala nas costas. A filha do casal foi poupada pelo criminoso.
Depois de matá-los, D'alessio voltou até seu apartamento, recarregou a arma e se matou dentro do elevador. Antes, teria dito à mulher que "agora era com ela".
Não havia sinais de arrombamento na porta de entrada do apartamento do casal e nem de luta corporal entre eles e D'alessio.

Barulho motivou crime

Em depoimento da manhã desta sexta, a mulher de D'Alessio disse que o marido chegou em casa por volta das 20h e estava assistindo televisão quando se irritou com o barulho no 12º andar.
De acordo com ela, o empresário gritou com os vizinhos da sacada e, então, decidiu pegar a arma e subir até o apartamento do casal. Ela afirmou que tentou impedi-lo de sair com a arma, mas não conseguiu.

Homem disse que resolveria problema do barulho "de uma vez"

Segundo o delegado, a reclamação de D'alessio sobre o barulho no apartamento de cima era recorrente. "Os barulhos que o incomodavam eram aparentemente de um salto de madeira, mas não de alguém que estava andando, e sim batendo a madeira no chão."
O casal também teria feito reclamações de barulho no apartamento de D'alessio. Schiffmann afirmou que não havia registro de ocorrências policiais sobre os desentendimento entre os vizinhos.
O empresário tinha uma síndrome chamada Guillain-Barré, que provoca fraqueza e flacidez nos músculos, entre outros sintomas. Por conta da doença, D'alessio chegou a ficar internado por cinco meses no ano passado.
Ainda de acordo com o delegado, a mulher do empresário disse que ele se medicava regularmente e teria ficado "mais irritado do que o normal" por conta da doença. "Mas ela narra que ele não tinha comportamento agressivo e se dava bem com os funcionários."

"Caso esclarecido"

A arma do crime foi encontrada junto ao corpo do atirador. O apartamento está preservado para as investigações. A Secretaria de Segurança Pública informou que o caso foi registrado como duplo homicídio qualificado e suicídio consumado.
Schiffmann considera o caso esclarecido e disse que o próximo passo da investigação é formalizar o que foi apurado e encaminhar o inquérito ao Ministério Público.
Os policiais acionaram o Conselho Tutelar para cuidar da filha do casal. Em seguida, a menina foi deixada com os avós paternos. O casal deverá ser sepultado em Campinas (93 km de São Paulo).

(Com reportagem de Fabiana Marchezi, em Indaiatuba, e Estadão Conteúdo)




24/05/2013-18h06

Casal dizia que barulho de vizinho era 'insuportável', diz parente


 

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM INDAIATUBA
 
O casal morto pelo vizinho na noite desta quinta-feira (23) em um condomínio residencial em Santana do Parnaíba (na Grande São Paulo) reclamava que o barulho feito pelo empresário Vicente D'Alessio, que matou o casal e se suicidou, era "insuportável", afirmou um tio da vítima.
"Eles chegaram a me falar que era barulho de cadeira sendo arrastada, coisa caindo no chão, porta de armário sendo batida, disseram que já estava insuportável", disse o jornalista Celso Ming, tio de Fábio de Rezende Rubim, 40, morto com a mulher, Miriam Cecília Amstalden Baida, 37.

O crime foi por volta das 20h, no condomínio residencial Bosque de Tamboré.
D'Alessio, 62, entrou no apartamento do casal --não havia sinais de arrombamento no local--, que fica no andar superior, e atirou contra os dois após uma discussão sobre barulho. A filha do casal, de um ano e meio, estava no apartamento e nada sofreu.
Logo após o crime, D'Alessio desceu para seu apartamento, recarregou a arma, foi ao elevador do prédio e cometeu suicídio.
De acordo com a Polícia Civil, antes de cometer o crime o atirador havia dito para a mulher que iria "resolver o caso". A mulher do empresário também disse à polícia que o marido reclamava do barulho do casal.

Reprodução/Facebook
O casal Fábio de Rezende Rubim, 40, e Miriam Cecília Amstalden Baida, 37, que foi morto pelo vizinho em Santana de Parnaíba (SP)


O casal Fábio de Rezende Rubim, 40, e Miriam Cecília Amstalden Baida, 37, que foi morto pelo vizinho em Santana de Parnaíba (SP)
Os corpos de Fábio e Miriam estão sendo velados desde 14h desta sexta-feira (24) na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, na Colônia Helvétia, em Indaiatuba (107 km de São Paulo). O enterro será neste sábado (25), às 10h, no cemitério da colônia.
A presença da imprensa na capela não foi permitida --apenas nos arredores na colônia, fundada em 1888 por descendentes de suíços.
Amigos que não quiseram se identificar disseram que o casal era alegre e atencioso. Ambos gostavam de praticar exercícios físicos e de estar em contato com a natureza, afirmaram.
Míriam, segundo um amigo, gostava de preparar refeições para as festas que os descendentes de suíços realizam todo ano em Indaiatuba.
O casal se conheceu em uma dessas festas, ainda na adolescência. A distância por muitos anos foi um entrave a uma relação mais duradoura --a família dela mora em Indaiatuba e a de Fábio, em São Paulo.
Eles mantinham um relacionamento há 15 anos e estavam casados há nove. "Eu vim ao casamento deles, foi muito lindo. Era um casal que todo mundo adorava. Todos estamos muito chocados e inconformados com o ocorrido", disse Ming, que falou pela família.
Eduardo Anizelli/Folhapress
Policiais diante de prédio onde morador assassinou casal de vizinhos e depois se matou, em Santana de Parnaíba (SP)
Policiais diante de prédio onde morador assassinou casal de vizinhos e depois se matou, em Santana de Parnaíba (SP)


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