sábado, 29 de novembro de 2008

QUEM MANDOU APOSTAR ?


27/11/2008
UM FATO NOVO !!

Fonte:
Laudizio Marquesi - Valor Econômico.

Perdas no mercado de derivativos , não estão sendo aceitas pelos acionistas estrangeiros, de empresas Brasileiras. Sadia e Aracruz, são dois exemplos ...

Um fato novo e inédito e que esperamos venha a contribuir , para que após esta catástrofe mundial , possamos começar um novo relacionamento , com regras mais sólidas e transparentes entre “ empresas e investidores . “.

Afinal, o lucro tem que ser buscado e concretizado, porém com riscos menores !


S A D I A
27 - 11 - 08 = SADIA - NOVO INVESTIDOR ?
Depois de perder R$ 760 milhões com operações com derivativos de câmbio e ver o preço de suas ações caírem consideravelmente, a Sadia registrou uma alta repentina nos seus papéis nos últimos dois dias. As ações preferenciais chegaram a subir 16% no fim da manhã de ontem, enquanto a valorização do índice Bovespa era de apenas 1%. A explicação para a disparada, aparentemente fora de contexto, é que uma parte da Sadia estaria à venda. Segundo fontes do mercado financeiro e próximas à companhia, a maior exportadora de frangos do País estaria negociando a entrada de um investidor financeiro, provavelmente um fundo de private equity. Fontes ligadas a alguns desses fundos disseram já ter sido procuradas pela empresa. O objetivo da empresa, segundo essas fontes, seria vender 15% a 20% da companhia, por um valor entre R$ 700 milhões e R$ 800 milhões, o suficiente para repor as perdas recentes. Procurada, a Sadia não quis comentar a informação. Com as perdas recentes, a empresa ficou barata para os fundos, que poderiam injetar capital para revender a participação por um preço melhor no futuro. Seu valor de mercado chegou a ser metade do da rival Perdigão. Nos dois últimos dias, a Sadia foi o alvo preferencial do mercado financeiro. Nas mesas de operação, chegou-se a cogitar que o comprador seria a Nestlé, hipótese prontamente negada pelas duas empresas. Ontem, passados os boatos, as ações preferenciais da Sadia fecharam com uma pequena valorização de 1,79%. O que pode ter alimentado os rumores foi o fato de o presidente da Nestlé no Brasil, Ivan Zurita, ter anunciado, no início do mês, que faria aquisições na área de alimentos ainda neste ano. Como a Sadia está no mercado à procura de um sócio, logo especularam que ela era o alvo mais provável do momento. Analistas e especialistas não apostam nessa operação.


NESTLE E SADIA ?
Odair Gomes - Investidor Informado
As ações da Sadia (SDIA4) tiveram forte valorização nos últimos dias em razão de uma declaração do presidente da Nestlé do Brasil, Ivan Zurita, que declarou que a Nestlé anunciará uma aquisição nos próximos 30 dias. Boatos anteriores já davam conta que a Sadia estaria em negociação com a Nestlé. A Sadia não quis comentar as declarações, que classificou como boatos de mercado. Ontem a Sadia teve alta de mais de 15% com as reações do mercado a uma possível venda da empresa, em comparação com quedas de suas similares no mercado como Perdigão, Marfrig, JBS e Minerva. Ivan Zurita não quis dar mais detalhes sobre a operação (iniciada antes da atual crise financeira), limitando-se apenas a dizer que “o alvo é uma empresa de alimentos”.
Valor

Sadia enfrenta ação judicial de investidor estrangeiro

A Sadia já tomou conhecimento da ação de fraude registrada ontem na corte de Manhattan (EUA), nos Estados Unidos, pelo fundo Westchester Putnam Counties Heavy & Highway Laborers Local 60 Benefit Funds, em função da perda com derivativos super alavancados em dólar.

De acordo com a assessoria de imprensa, a companhia está tomando as medidas cabíveis, mas não comenta ações em andamento. A empresa teve prejuízo de R$ 777,4 milhões no terceiro trimestre - o que a deve levar a ficar no vermelho no balanço anual. Em 30 de setembro, mesmo depois de ter reduzido a exposição aos derivativos de alto risco, a Sadia ainda tinha uma posição líquida de US$ 2,3 bilhões relacionada aos contratos problemáticos. O fundo americano alega que a empresa informou mal os investidores a respeito dos riscos aos quais o negócio - e, portanto, os acionistas - estavam expostos. O Westchester Putnam busca cobertura de danos, em valores não especificados, e a certificação como uma ação de classe, que atenda a outros investidores. A ação também acusa os principais executivos da companhia. No Brasil, a Previ, caixa dos funcionários do Banco do Brasil, pode também promover uma ação de responsabilidades civil contra os administradores da empresa e também para ressarcimento de perdas. Iniciativas desse tipo, no Brasil, correm em benefício da empresa e não dos acionistas. A fundação solicitou esclarecimentos sobre o ocorrido em assembléia, que ocorreu nesta segunda-feira. A Sadia, entretanto, não divulgou detalhes das informações prestadas na assembléia ao mercado. Registrou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apenas a ata resumida do encontro. A decisão sobre uma possível ação judicial será tomada em uma outra assembléia, após apresentação dos resultados de uma nova auditoria, proposta pela Previ. O estudo será feito pela BDO Trevisan e os resultados deverão ser conhecidos em 90 dias. A conclusão da primeira análise, realizada pela KPMG, que é também a auditoria da empresa, já foi encaminha à CVM.

A R A C R U Z

Acionistas nos EUA entram na Justiça contra Aracruz Acionistas da Aracruz nos Estados Unidos entraram com ação civil pública contra a empresa do setor de celulose. Em comunicado, a companhia diz que tomou conhecimento da notícia por meio de um comunicado à imprensa, e que o objetivo da medida seria obter uma indenização por danos causados pela violação das leis norte-americanas de mercado de capitais, o que teria ocorrido com a realização das operações com derivativos cambiais realizadas pela companhia. A empresa diz que "não foi cientificada oficialmente" a respeito da ação e afirma que, tão logo disponha de mais informações, prestará ao mercado e às autoridades regulatórias os esclarecimentos devidos. Em setembro, a Aracruz anunciou que seu volume de perda com câmbio futuro havia excedido limites. Ao liquidar as operações, as perdas foram estimadas em aproximadamente US$ 2 bilhões.

E o ex - Diretor Financeiro ?? ...

O ex-diretor financeiro da Aracruz Celulose, Isac Zagury, rejeita as acusações dos controladores da empresa de que tenha violado as normas de política financeira da maior fabricante de celulose do mundo. Na segunda-feira, ele foi acusado pelos principais acionistas de ter lesado o patrimônio da companhia em operação com derivativos cambiais que deu prejuízo de US$ 2,1 bilhões. Por isso, deve tornar-se réu em processo na Justiça comum do Rio.

Um mês após deixar o cargo, Zagury, que ficou internado por 15 dias com depressão, resolveu se defender. "Nós mandávamos diariamente os valores de exposição (cambial) para o comitê de finanças, formado por um representante de cada acionista controlador (VCP, Safra e Lorentzen). Enviamos tudo, as operações contratadas pela empresa, os resultados até a data etc. Os conselheiros do comitê tinham a mesma interpretação que nós, ou seja, que o limite de exposição não havia estourado, senão eles teriam a responsabilidade de denunciar. Nenhum deles nesse período (até setembro) fez essa manifestação".

Zagury, que fez longa carreira no BNDES, disse que o hedge cambial sempre foi política da Aracruz aprovada em conselho. Segundo ele, a empresa começou a fazer operações com derivativos no primeiro trimestre, com o sinal verde do comitê financeiro e do conselho. Zagury não tem planos profissionais de curto prazo. Aos 57 anos, pensa em se dedicar a uma de suas paixões, o Vasco da Gama. Em São Januário, ele poderá participar da gestão do clube.

Valor Econômico 26 - 11 - 08
Postado por MARQUESI - NEWSLETTER


domingo, 16 de novembro de 2008

Caso de Polícia : Crimes contra a previdência


358 acusados são presos.

Somente este ano, foram presas no País 358 pessoas acusadas de crimes contra a Previdência Social, sendo pelo menos 70 dos suspeitos servidores do INSS, segundo balanço divulgado pela Polícia Federal. Esse tipo de delito é tão comum que a Divisão de Polícia Fazendária da PF deflagrou 40 operações em 2008. A últimas ocorreu esta semana, quando a Operação Fraude S/A prendeu sete suspeitos de fraudar a Previdência Social em Minas Gerais.
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No total de operações realizadas este ano pela PF, foram cumpridos 643 mandados de busca e apreensão e, segundo estimativa do Ministério da Previdência, cerca de R$ 2,5 bilhões foram poupados dos cofres públicos graças ao combate a crimes previdenciários.

Segundo o coordenador-geral de Polícia Fazendária, Rômulo Berredo, a exemplo do que foi descoberto pela Operação Fraude S/A, quase todas as quadrilhas contam com a cumplicidade de pelo menos um servidor público, funcionário de órgão da Previdência, para facilitar o esquema.

"Geralmente, no global, sempre tem um funcionário para mexer no sistema. Daí a importância deste trabalho conjunto com o Ministério da Previdência, para identificar os funcionários e retirá-los do meio", explica.

De acordo com ele, todas essas operações de combate ao crime contra a previdência têm também o objetivo de aperfeiçoar o sistema de benefícios da previdência social para que se torne cada vez mais difícil algum funcionário conseguir efetuar fraudes.

"As fraudes ocorrem geralmente em cima dos benefícios da previdência social. Para cada benefício existe um tipo de fraude distinta. As quadrilhas se organizam e se aproveitam da fragilidade do sistema ou da corrupção dos funcionários", analisa.

"A questão da inserção de dados no sistema, o tipo de programa que é utilizado para a concessão de benefícios, tudo isso ainda tem fragilidade que permite que essas fraudes sejam feitas. Além de coibir, nosso objetivo é identificar essas vulnerabilidades", declara.

Segundo ele, outras linhas de trabalho são ampliar as operações em parceria com o Ministério da Previdência e aumentar a atuação em conjunto com a Receita Federal, para coibir as fraudes na arrecadação, problema que, segundo Berredo, vêm se tornando mais grave à cada dia.

"Vamos intensificar a questão do custeio, a fraude na arrecadação. A gente pretende desenvolver isso mais e melhor em um trabalho conjunto com a Receita", afirma.

Redação Terra

Marina Mello
Direto de Brasília