terça-feira, 7 de maio de 2013

CIRURGIA PLÁSTICA


07/05/2013-20h11

Hospital onde mulher morreu diz que não fará mais cirurgias plásticas

DE SÃO PAULO
O Hospital Salt Lake informou nesta terça-feira (7) que não fará mais cirurgias plásticas. Hoje, a Folha revelou que a diretora de escola Janir Tuffani, 48, morreu na última sexta-feira após fazer seis cirurgias plásticas simultâneas no local.
Em nota, Teresa Cristina Mello, advogada de um grupo que comprou o hospital em abril deste ano, afirmou que o Salt Lake cedia o espaço para cirurgias programadas por médicos de fora. O hospital também disponibilizava materiais, medicamentos e serviços de apoio, como médicos plantonistas e enfermeiros.
Inquérito policial vai apurar mortes ocorridas após plásticas em hospital de SP
A pedido dos antigos donos do hospital, o grupo está realizando cirurgias plásticas agendadas até o fim de abril. Depois, o local "vai se dedicar à atividade de hospital geral, oferecendo todo atendimento clínico hospitalar a uma faixa da população que necessita de cuidados específicos", diz Teresa.
Segundo a advogada, o médico que realizou a cirurgia era o responsável por Janir Tuffani. "[Ele] é o profissional responsável pela paciente, quem a conhece, sabe de seus antecedentes e todo desenvolvimento da cirurgia realizada", diz a nota.
"O hospital não tem contato anterior à internação ou posterior a alta com o paciente internado em suas dependências para realização do procedimento cirúrgico", afirma.

CIRURGIA
No último dia 30, a diretora de escola Janir Tuffani, 48, morreu após passar por seis intervenções de uma só vez: implantou 325 ml de silicone nos seios, retirou bolsas de pele das pálpebras e aspirou gordura da barriga, braços, pernas e costas.
A cirurgia durou das 8h às 13h. Depois, ela foi transferida para um quarto e ficou em observação. "Ela estava aparentemente bem", conta a autônoma Cláudia Ferreira, 43, amiga da diretora.
À noite, após uma refeição, Janir passou mal e sentiu fortes dores na barriga. "Ela levantou porque não conseguia ficar parada de tanta dor que sentia", conta Cláudia.
A equipe médica do hospital constatou uma hemorragia e decidiu deixar a diretora em coma induzido. No dia seguinte, Janir foi transferida para o Hospital São Luiz, no Jardim Anália Franco, zona leste, onde morreu dois depois.
Foi o segundo caso de morte após cirurgia em menos de três meses no Hospital Salt Lake. Em fevereiro, a diarista Maria Gilessi Pereira Silva, 41, sofreu uma parada cardiorrespiratória duas horas depois de implantar silicone nos seios.



07/05/2013-03h40

Diretora de escola morre após fazer seis plásticas simultâneas


LEANDRO MACHADO - UOL
DE SÃO PAULO
 
Uma diretora de escola morreu na última sexta-feira após fazer seis cirurgias plásticas simultâneas no Hospital Salt Lake, no Jardim Paulista, zona oeste da capital.
Janir Tuffani, 48, passou mal depois de ficar cinco horas na sala de cirurgia. Procurado pela Folha, o hospital não respondeu até a conclusão desta edição.
É a segunda morte após cirurgia plástica no Salt Lake em menos de três meses. Em fevereiro, a diarista Maria Gilessi Pereira Silva, 41, sofreu uma parada cardiorrespiratória duas horas depois de implantar silicone nos seios.
No último dia 30, Janir Tuffani passou por seis intervenções de uma só vez: implantou 325 ml de silicone nos seios, retirou bolsas de pele das pálpebras e aspirou gordura da barriga, braços, pernas e costas.
Arquivo Pessoal
A diretora de escola Janir Tuffani, 48, que morreu após fazer seis cirurgias plásticas no Hospital Salt Lake, em São Paulo
A diretora de escola Janir Tuffani, 48, que morreu após fazer seis cirurgias plásticas no Hospital Salt Lake, em São Paulo
A cirurgia durou das 8h às 13h. Depois, ela foi transferida para um quarto e ficou em observação. "Ela estava aparentemente bem", conta a autônoma Cláudia Ferreira, 43, amiga da diretora.
À noite, após uma refeição, Janir passou mal e sentiu fortes dores na barriga. "Ela levantou porque não conseguia ficar parada de tanta dor que sentia", conta Cláudia.
A equipe médica do hospital constatou uma hemorragia e decidiu deixar a diretora em coma induzido, segundo a amiga.
No dia seguinte, Janir foi transferida para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital São Luiz, no Jardim Anália Franco, na zona leste.
Ela morreu na sexta-feira e seu corpo foi sepultado no dia seguinte, no sábado.
Janir recebeu 16 bolsas de sangue e duas de plaquetas enquanto estava no São Luiz.
Segundo a amiga, a diretora sentia-se descontente com seu corpo porque estava acima do peso. Pelas seis cirurgias plásticas, ela pagou R$ 20 mil em dez vezes.
Para Dênis Calazans, secretário-geral da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o paciente tem autonomia para decidir se submeter à cirurgia plástica.
O médico responsável, porém, pode vetar o procedimento se achar que o paciente não tem condições físicas para as intervenções.
"Todo procedimento plástico envolve certo grau de risco. Quando você faz mais de uma [cirurgia], o risco é potencializado", diz.

Nenhum comentário: