sábado, 8 de março de 2008

FOLHA DE S.PAULO E FOLHA UNIVERSAL ANALISAM REPORTAGEM




Folha de S. Paulo e Folha Universal analisam reportagem
de Elvira Lobato







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Publicado em: 01/04/2008 09:01
Folha vence mais uma; Universal contabiliza 22 derrotas seguidas
Eduardo Neco/Redação Portal IMPRENSA


A Folha de S.Paulo e a jornalista Elvira Lobato ganharam mais uma contra a Igreja Universal do Reino de Deus. Dessa vez, o juiz Vincenzo Bruno Formica Filho, de Andradina (SP), julgou improcedente ação de indenização proposta por Luiz Fernando de Souza contra o diáiro e a jornalista.
Segundo informa a própria Folha de S.Paulo, já foram ajuizadas 77 ações em nome de fiéis da Iurd. Desse total, 22 foram julgadas, todas a favor da Folha.
O diário informa, ainda, que o autor da ação alegou que, após a reportagem, passou a ser "alvo de ofensas em razão de sua convicção religiosa" e que lhe foram dirigidos improbérios, no sentido de que "não passaria de um bandido disfaraçado de crente para esconder que faz parte de uma máfia de criminosos".
Como antes já foi apontando pelo Portal IMPRENSA, essa decisão comprova a padronização das sentenças. Os autores ajuizam os processos sempre com a mesma alegação de ofensa à sua moral; os juízes julgam os argumentos improcedentes e o caso é encerrado.
Se a seguência de decisões favoráveis se mantiver neste ritmo, em pouco tempo, um a um dos 55 processos restantes serão extintos.







Carla Soares Martin

O Comunique-se convidou dois jornalistas que acompanham bem de perto a polêmica gerada entre fiéis da Igreja Universal pela reportagem “Universal chega aos 30 anos com império empresarial”, de Elvira Lobato, da Folha de S. Paulo, para analisar o texto como forma de contribuir com o fazer jornalístico.
O ombudsman da Folha, Mário Magalhães, e o chefe de redação da Folha Universal, Celso Fonseca, deram seus pontos de vista sobre a matéria.
Os dois profissionais levantaram pontos cruciais.
Magalhães afirma que a matéria não ofende nenhum fiel da Universal, apenas fala dos interesses comerciais da Igreja. “A reportagem não trata de crenças, mas de um grupo de comunicação associado, de modos diversos, à Igreja Universal do Reino de Deus.” Mas faz uma ressalva: a população pode interpretar reportagens diferentemente de como foram escritas. "É possível que um leitor confunda a informação", diz Magalhães.
Fonseca afirma que os fiéis podem se sentir ofendidos por sua fé, pela matéria dizer que o dinheiro que doam à Igreja não estar sendo usado para a obra divina, mas sim aplicado em paraísos fiscais. “Os fiéis acreditam que o dinheiro seja usado regularmente e sentem-se feridos quando se diz que há uma hipótese de que não ocorra assim.”
Confira o debate.
Comunique-se - Os senhores identificam algum teor discriminatório na reportagem, em relação à crença da Universal?
Mário Magalhães - Absolutamente nenhum. A reportagem não trata de crenças, mas de um grupo de comunicação associado, de modos diversos, à Igreja Universal do Reino de Deus. Ou seja: o foco jornalístico é o empreendimento no ramo das comunicações, e não a crença de qualquer indivíduo.
Celso Fonseca – Sim, porque ofende a fé de quem professa a Universal.
Comunique-se - A afirmação "uma hipótese é que o dízimo dos fiéis seja esquentado em paraísos fiscais" é, talvez, a grande polêmica da matéria, ao supor que o dinheiro dos religiosos esteja sendo usado ilegalmente. De alguma forma, a reportagem teria atingido os fiéis da Universal?Magalhães - A reportagem não afirma que o dinheiro é esquentado, mas que existe essa hipótese. Nesse caso, é evidente que a autoria não seria dos fiéis que contribuem com a igreja. Ou seja: não há como a reportagem atingir os fiéis.
Fonseca – É o mesmo que afirmar que o dinheiro de um católico tenha parado em outro lugar que não seja a Igreja. Os fiéis se sentem feridos na sua fé pela reportagem insinuar que o dízimo dele pode estar sendo usado ilegalmente, mesmo que seja uma hipótese. É leviano insinuar que o dinheiro dos fiéis seja esquentado em paraíso fiscal e não provar. Comunique-se - Até que ponto uma parte da população que não sabe interpretar a reportagem pode confundir as acusações contra os bispos da Universal com todos os religiosos? O jornalista também precisa ocupar-se dessa questão ao escrever uma matéria?
Magalhães - Os jornalistas devem se preocupar em ser claros. A clareza é um valor subjetivo que leva em consideração o perfil intelectual dos leitores de cada publicação. A mesma informação não deve ser transmitida da mesma forma na Folha, em uma publicação científica e em um jornal vendido a preço bem mais baixo. É possível que um leitor confunda a informação? Sim. No caso em questão, chama atenção a proposta de ações judiciais em cidades onde a Folha não circula.
Fonseca – O fiel tem o direito de se sentir ofendido e ir à Justiça. Ouvi de um dos fiéis que tem uma empresa e paga imposto que está se sentindo ultrajado com a situação. É chamar o fiel indiretamente de bobo, ao dizer que seu dinheiro não está sendo usado com o objetivo que doou.


EXAME DE ORDEM : INDICAMOS http://www.saberjuridico.com.br/


DEZEMBRO / 2007

EIS COMO TUDO COMEÇOU !!!


IURD : FÉ DO BILHÃO.
__________________________________________________Enviado por Antonio Bendia Sobrinho, Rio de Janeiro-Capital18 dezembro, 2007Por FERNANDO DE BARROS E SILVAFonte: Folha de S.PauloSÃO PAULO - Enquanto a Igreja Católica gasta o seu latim, dividida em torno da greve de fome do bispo do São Francisco, a Igreja Universal do Reino de Deus trata de cuidar do milagre da multiplicação - não dos peixes, mas da fortuna alavancada pelos dízimos de seu rebanho. São 23 emissoras de TV, 40 rádios próprias e outras 36 arrendadas, dois jornais de grande circulação, duas gráficas, empresas de participações, uma agência de turismo, uma imobiliária, uma seguradora de saúde e -surpresa- até mesmo uma empresa de táxi aéreo. Haja fé.A ótima reportagem de Elvira Lobato publicada no sábado pela Folha revela uma rede diversificada de negócios ligados à Universal, a que não falta pelo menos uma conexão com o paraíso fiscal de Jersey, aquele mesmo de Maluf. A Rede Record, avaliada em R$ 2 bilhões, seria só o centro nervoso a partir do qual Edir Macedo comanda um império em expansão. Lembre-se, ainda, que o PRB, de José Alencar, é o braço institucional da igreja, embora sua presença na política vá muito além desse partido. Nem o céu parece ser o limite para os neobucaneiros da fé, cuja máxima é a de qualquer negociante de sucesso: encontre (ou crie) uma necessidade e a satisfaça. Organização empresarial, técnicas agressivas de convencimento e mobilização, idéia de felicidade associada à promessa de ascensão social e conquistas materiais -só por herança ainda chamamos isso de religião. Ao contrário dos católicos, reféns do juízo final, a Igreja Universal propõe a salvação aqui e agora; ao contrário das utopias de esquerda, coletivistas, estimula a redenção do indivíduo, só ele.Uma igreja assim aderente ao espírito do capitalismo encontrou na perdição das décadas perdidas de 80 e 90 terreno fértil para vicejar: desemprego, tráfico de drogas, famílias despedaçadas e jovens sem futuro nas periferias ofereceram o palco ideal ao apelo neopentecostal. Como Silvio Santos, Edir Macedo explica muito do Brasil. --------------------------------------------------------------------------------www.jornaldosamigos.com.br

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