terça-feira, 4 de junho de 2013

DROGA ENVIADA A EUROPA EM PEIXES CONGELADOS.

04/06/2013-03h30

Polícia Federal prende grupo acusado de enviar cocaína à Europa

MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO
Após um ano e meio de investigações, a Polícia Federal e a Interpol (polícia internacional) prenderam dez pessoas acusadas enviar cinco toneladas de cocaína do Brasil para a Europa.
Sete foram presos no Brasil e três no exterior (Portugal, Suíça e Espanha).
De acordo com a investigação, desde 2008 a droga era enviada à Europa -parte dela de avião, acondicionada em peixes congelados.
Apontado como chefe do grupo, o empresário colombiano Alexander Pareja, 53, é morador da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, e foi preso em Divinópolis (MG) na noite de sexta após aceitar o convite de empresários mineiros para uma festa.
PATRIMÔNIO
De acordo com a polícia, ele investia o dinheiro obtido com o tráfico na compra de imóveis, empresas e automóveis. Seu patrimônio é calculado em R$ 10 milhões.
Filho de construtores, ele pouco sai de casa --apenas para viagens de negócios.
Segundo a investigação, investiu em postos de gasolina no Rio e até numa usina de álcool, que tenta reabrir no Estado de São Paulo.
A prisão de Pareja levou a outros seis suspeitos de integrar a quadrilha no país, detidos em diferentes Estados.
Até a noite de ontem, dois colombianos, dois brasileiros, um boliviano e um português tinham sido presos em São Paulo, no Pará, em Rondônia e em Rio Grande (RS).
Na Europa, dois portugueses foram presos, um em Lisboa e outro em Genebra, na Suíça. Um espanhol foi detido em Barcelona.
Editoria de Arte/Folhapress
OUTRO LADO
A advogada de Pareja, Janete Jane dos Santos, disse que o empresário pode estar sendo investigado pelo fato de ser colombiano.
"Não sei o que aconteceu. Vou me informar. Imagino que ele e a família sofram tudo isso porque são colombianos", afirmou.
Pareja também responde a um processo por suspeita de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro no Rio.
Ele já havia sido preso ao desembarcar no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, em 2005, em ação com apoio de agentes do DEA, a agência americana de repressão às drogas.
Na época, segundo a PF, era acusado de "lavar" R$ 40 milhões em uma semana.
Após um período preso, voltou para a rua em 2008 e, segundo os investigadores, reorganizou os negócios.


DROGA ENVIADA Á EUROPA EM PEIXES CONGELADOS

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