domingo, 26 de dezembro de 2010

PROJETO BEM ME QUER - HOSPITAL PERÓLA BYINGTON.


Maiores vítimas de abuso sexual são crianças

Levantamento realizado pelo Programa Bem-Me-Quer, do Hospital Pérola Byington, mostrou que das 2.330 vítimas atendidas no ano passado 1.103 eram menores de 12 anos. O número representa 47,3% de todos os atendimentosrealizados no local. Somadas, crianças e adolescentes até 17anos representam 1.771 dos 2.330 atendimentos do ano passado. Em todo o ano de 2007 foram atendidas 846 crianças até 11 anos e outras 517 com idade entre 12 e 17 anos. "As pessoas estão discutindo mais o assunto e, consequentemente, estão mais atentas ao que pode estar acontecendocom as crianças. Desta forma, a família se sente mais segura para procurar ajuda", afirma Jeferson Drezzet, coordenador do Programa Bem-Me-Quer. As queixas de abuso sexual contra pessoas do sexo masculino cresceu 30,8% se comparados os números de 2007e 2008. No ano passado, 306 pessoas do sexo masculino procuraram o serviço do Bem-Me-Quer do Hospital Pérola Byington contra 234 em 2007. "Nossos dados são referentes ao número de casos atendidos no Pérola Byigton, mas é importante ressaltar que o número de vítimas pode ser ainda maior, pois muitas vítimas deixam de procurar o serviço.", afirma Drezzet. Em casa "Os culpados, geralmente, têm acesso livre à casa e a rotina das vítimas. Os agressores estão muito mais próximosdo que a gente imagina", afirma o Dr. Jéferson Drezett, Coordenador do Serviço de Violência Sexual do HospitalPérola Byington. Os pais têm papel importante na prevenção e identificação dos casos de abuso e violência. É preciso estar atento àsmudanças comportamentais da criança, sejam elas sociais, familiares ou alimentares e não excluir a possibilidade dofilho ser vítima de abuso sexual. Além disso, é importante desenvolver uma relação de confiança entre pais e filhos e criar um espaço em que os filhospossam se expressar sem medo de punição. Esse tipo de abuso não costuma deixar sinais físicos como prova, porisso, é preciso acreditar nos relatos e queixas dos pequenos. "Acreditem naquilo que seus filhos dizem. Verbalizar uma situação de abuso já é bastante complicado para um adulto,imagine para uma criança ou um jovem. O fato do agressor ser alguém em quem aquela família confia torna tudo aindamais difícil. A vítima passa por cima do medo e da vergonha e merece ser acolhida por isso, não punida por 'dizer coisasabsurdas' sobre alguém que está acima de qualquer suspeita", diz Drezett. Assim que a suspeita de abuso for identificada, a criança deve ser encaminhada para um profissional de saúde mentalpara receber o tratamento necessário. Uma vez confirmada a suspeita, o profissional ou a família devem notificar o Conselho Tutelar sobre o caso para que medidas de proteção sejam tomadas. "O mais importante é ficar atento a mudanças bruscas no comportamento e buscar ajuda assim que possível. Essa é a melhor forma de descobrir, realmente, o que está acontecendo, além de resguardar uma possível vítima de abuso e ajudá-la a lidar com a situação", explica o médico. Bem Me Quer O Projeto Bem-Me-Quer faz parte do Ambulatório de Violência Sexual do Hospital Pérola Byington e é uma parceria entre as secretarias estaduais de Saúde e Segurança Pública. Nele, as vítimas de abuso contam, no mesmo espaço, com umaequipe multidisciplinar capacitada para oferecer ajuda médica e realizar o exame de corpo de delito, simplificando o processo de notificação às autoridades e expondo menos os pacientes. Alguns sinais nos quais os pais devem ficar atentos: · Alterações no sono;· Queda brusca no rendimento escolar;· A criança volta a fazer xixi na cama ou nas calças;· Medo inexplicável de ficar sozinho na presença de adultos estranhos ou de algum adulto específico;· Brincadeiras agressivas com brinquedos ou pequenos animais
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Autoria: Assessoria de Imprensa - 09/03/09

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