UM NOVO RUMO ...
sábado, 29 de março de 2014 - 21.44
2014 - 21h44 Atualizado em sábado, 29 de março de 2014 - 22h09
sábado, 29 de março de 2014 - 21.44
Pesseghini: testemunha mentiu sobre churrasco
Avós paternos do adolescente também afirmam que Marcelo nunca mexeu em uma arma
Caso Pesseghini ainda não foi concluídoReprodução/Facebook
Da Redação com Jornal da Bandnoticias@eband.com.br
Novas revelações colocam em dúvida a versão do caso Pesseghini na qual Marcelo teria matado os pais, a vó e a tia-avó e, logo depois, se suicidado.
A polícia confirmou que uma testemunha-chave mentiu sobre um churrasco que teria acontecido na casa da família horas antes do crime. Ingressos de cinema provam que a família passou a tarde em um shopping center.
Os avós paternos do adolescente, que não foram ouvidos pela polícia, também afirmam que ele nunca mexeu em uma arma. “O Marcelinho nunca soube atirar. Nunca teve contato com arma de pai e mãe".
Da Redação com Jornal da Bandnoticias@eband.com.br
Novas revelações colocam em dúvida a versão do caso Pesseghini na qual Marcelo teria matado os pais, a vó e a tia-avó e, logo depois, se suicidado.
A polícia confirmou que uma testemunha-chave mentiu sobre um churrasco que teria acontecido na casa da família horas antes do crime. Ingressos de cinema provam que a família passou a tarde em um shopping center.
Os avós paternos do adolescente, que não foram ouvidos pela polícia, também afirmam que ele nunca mexeu em uma arma. “O Marcelinho nunca soube atirar. Nunca teve contato com arma de pai e mãe".
Maria José e Luiz Carlos são pais do sargento da Rota, Luís Marcelo Pesseghini, e não querem mostrar o rosto. Mesmo com medo, encontraram forças para revirar um caso cheio de dúvidas.
Para a polícia, o neto deles, de 13 anos, atirou no pai, na avó e na tia avó maternas e por último na mãe. Ele também teria usado o carro da família e dirigido até a escola, onde assistiu às aulas normalmente. Mas os avós dizem que ele nunca soube dirigir.
Colegas de escola prestaram depoimento dizendo que o menino queria ser matador de aluguel e que revelou que pretendia assassinar os pais. As fotos da perícia colocam o adolescente na cena do crime, a arma usada na chacina estava na mão dele e não há vestígios técnicos de uma outra pessoa no local.
Os avós também defendem o neto que, segundo eles, nunca soube atirar e que nunca teve contato com arma de pai e mãe.
A advogada contratada pela família exige novas análises. No inquérito completo – obtido com exclusividade pela Band – há lacunas que precisam ser preenchidas.
Ingressos de cinema provam que a família passou a tarde em um shopping center – o que contradiz o depoimento de uma testemunha chave do crime: um colega de trabalho de Andreia que afirmou em depoimento que houve um churrasco na casa da família no início da tarde de domingo – no qual ele estaria presente.
Outro detalhe causou estranheza à advogada: há uma ligação da cabo da PM feita do celular para o telefone fixo da mãe – registrada as 21h. Isso indicaria que Andreia Bovo não estava dormindo na residência horas antes do crime.
O mistério não acaba aí. Andreia contou para os parentes que na semana da chacina havia perdido o molho de chaves da casa – local do massacre – e essas chaves continuam desaparecidas.
A polícia diz que a investigação está em andamento porque aguarda laudos dos Instituto de Criminalística e a quebra de sigilo telefônico.
Já os parentes das vítimas querem falar. Eles não conseguem entender porque, até hoje, não foram ouvidos formalmente.
Laudos apontam Marcelo Pesseghini como responsável por chacina de PMs, afirma delegado-geral de SP
Do UOL, em São Paulo
A Polícia Civil de São Paulo informou nesta terça-feira (3) que os laudos sobre as mortes de um casal de PMs, do filho deles de 13 anos e de outros dois parentes, ocorridas no mês de agosto na Brasilândia, zona norte da capital, apontam que o garoto Marcelo Pesseghini --o filho dos policiais-- foi o responsável pelos crimes.
Você acredita na versão dada pela polícia para a morte dos PMs e de toda a família em São Paulo.
"Os laudos se alinham com a investigação policial no sentido da autoria e do suicídio", disse o delegado-geral em entrevista à rádio CBN.
Segundo ele, 48 pessoas foram ouvidas durante a investigação sobre as mortes que ocorreram no dia 5 de agosto. A principal linha da investigação policial é de que o garoto de 13 anos, filho do casal, cometeu os crimes e se matou.
"Os laudos corroboram aquilo que está sendo investigado. Entretanto, todos precisam ser devidamente analisados e, se necessário, solicitaremos complementação, seja dos laudos ou da oitiva de testemunhas", acrescentou.
De acordo com o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), órgão responsável pela apuração do caso, os delegados analisam nove laudos e 25 relatórios dos Institutos de Criminalística e Médico Legal.
Mais sobre o caso
Morreram na chacina o pai do estudante, o sargento da Rota (tropa de elite da Polícia Militar) Luís Marcelo Pesseghini, a mãe, a cabo da PM Andréia Bovo Pesseghini, a avó, Benedita Bovo, 65, e a tia-avó, Bernadete Bovo, 55.
Segundo informações divulgadas na tarde de hoje pela rádio Bandeirantes, os laudos entregues na segunda-feira (2) ao DHPP indicam que o pai e a avó do estudante foram assassinados enquanto dormiam. Já a mãe e a tia-avó do garoto estavam acordadas ao receberam disparo de arma de fogo que as matou.
Família de casal de PMs é morta em São Paulo - 33 vídeos
Violência em São Paulo
Polícia errou ao cravar só uma tese para chacina, dizem especialistas
Janaina Garcia
Do UOL, em São Paulo
Janaina Garcia
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
A Polícia Civil de São Paulo errou ao cravar uma tese praticamente única para a chacina de cinco pessoas de uma mesma família, na Brasilândia, semana passada, a despeito de provas técnicas que sequer foram entregues ainda à equipe que investiga o caso no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
A análise foi feita ao UOL por dois especialistas na temática da violência: os sociólogos Guaracy Mingardi, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, e Ilana Casoy, criminóloga que há mais de uma década se dedica ao estudo de serial killers.
Você acredita na versão dada pela polícia para a morte dos PMs e de toda a família em São Paulo?
Resultado parcial
Ambos apontaram a falta de elementos de perícia que fossem capazes de respaldar a versão da polícia para a chacina: a de que o estudante Marcelo Bovo Pesseghini, 13, se matou depois de assassinar, cada um com um tiro na cabeça, o pai, o sargento da Rota (tropa de elite da Polícia Militar paulista) Luís Marcelo Pesseghini, 40, a mãe, a cabo da PM Andreia Pesseghini, 36, a avó, Benedita Oliveira, 65, e a tia-avó, Bernadete Oliveira, 55. Os corpos foram encontrados na noite do dia 5.
As primeiras declarações sobre as suspeitas que recaíam sobre o menino foram dadas pelo comandante da PM, coronel Benedito Roberto Meira, menos de 24 horas após a localização dos corpos. Para isso, o policial citou imagens de câmeras de segurança da rua do colégio onde Marcelo estudava e na qual foi encontrado o carro da policial.
Chacina da Brasilândia é esclarecida, diz polícia
No mesmo dia, o delegado da divisão de Homicídios do DHPP, Itagiba Franco, citou trecho do depoimento de um suposto amigo de Marcelo relatando que o filho dos PMs teria manifestado a ele o desejo de ser um matador de aluguel, de matar os pais e fugir de carro.
Conforme participantes das investigações, Marcelo havia avisado sobre a intenção de matar os pais --ainda que, logo nos primeiros depoimentos, tenha sido retratado como um filho exemplar e bom aluno.
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8.ago.2013 - Um dia após destacar que o adolescente suspeito de matar sua família em São Paulo pode ter sido influenciado por uma famosa chacina ocorrida em 1974 em Amityville, vilarejo dos Estados Unidos, o jornal britânico "Daily Mail" destacou que Marcelo Pesseghini pode ter sido "a quinta vítima de um massacre realizado por policiais criminosos que queriam matar sua mãe". O jornal diz que "a polícia de São Paulo é amplamente vista como uma das mais corruptas do mundo e que nos anos recentes policiais se envolveram em vários escândalos" Leia mais Reprodução/Mail Online
8.ago.2013 - Um dia após destacar que o adolescente suspeito de matar sua família em São Paulo pode ter sido influenciado por uma famosa chacina ocorrida em 1974 em Amityville, vilarejo dos Estados Unidos, o jornal britânico "Daily Mail" destacou que Marcelo Pesseghini pode ter sido "a quinta vítima de um massacre realizado por policiais criminosos que queriam matar sua mãe". O jornal diz que "a polícia de São Paulo é amplamente vista como uma das mais corruptas do mundo e que nos anos recentes policiais se envolveram em vários escândalos" Leia mais Reprodução/Mail Online
"Polícia tinha de ter mais três ou quatro hipóteses"
Para os sociólogos, a polícia paulista deveria ter considerado mais hipóteses, logo de início, e aguardado o resultado de exames dos peritos nos corpos e no local antes de definir a provável autoria da chacina.
"Em um caso como esse, pode-se até dizer que a hipótese forte seja essa [a de que Marcelo cometeu os crimes], mas a polícia tinha de ter na mão outras três ou quatro e hipóteses e investigar todas", disse Mingardi. "Não se pode divulgar rápido, como foi feito, dando essa autoria quase que como certa --isso condiciona as coisas", completou.
"Ainda não há prova técnica, tudo é muito suposição. Cadê os laudos dos corpos para dizer quem morreu primeiro, e da forma como é dito que morreram? Não há, de fato, resquício de pólvora nas mãos do garoto? Há uma série de questões a serem respondidas. A polícia não poderia ter falado, muito menos a PM, que não é quem investiga. E a Polícia Civil tem que revelar, agora, o mínimo possível", disse.
A socióloga Ilana Casoy destacou uma lista de perguntas ainda não respondidas pela polícia –ao menos, não em público – e que, na opinião da estudiosa, não esclarecem um "aspecto fundamental" como o horário das mortes.
"A polícia trabalha pressionada a passar informações em conta-gotas, mas, para se reconstruir esse crime, precisa no mínimo determinar quando ele aconteceu. E um detalhe que me saltou aos olhos: a família morreu com a roupa que estava no tal churrasco que houve na casa, no domingo? Por que os PMs tinham um colchão na sala? O tal amigo que depôs vem de uma família estável, estruturada? O trabalho investigativo precisa, antes de mais nada, ser técnico", afirmou.
Socióloga escreveu sobre caso Richthofen
Autora de três livros ("Serial Killer, Louco ou Cruel", "Serial Killer Made in Brazil" e "O Quinto Mandamento", sobre o assassinato do casal Richthofen, em São Paulo), a criminóloga destacou que a chacina da família paulistana tem autoria cravada sobretudo a partir de depoimentos de testemunhas da idade do suposto assassino, 13 anos.
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"Falar sobre depoimentos é frágil, não é suficiente. Principalmente quando se trata de um caso onde as testemunhas são crianças e completamente influenciadas por todo o noticiário que acontece há quase duas semanas", declarou, para completar: "Se até em um júri se tem o cuidado de não deixar que os sete jurados, adultos, não sejam influenciados pela mídia [eles ficam incomunicáveis], o que dizer do testemunho de uma criança de 13 anos que há duas semanas escuta a polícia dizer que tem certeza que é o menino? É confiável esse tipo de prova?", questionou.
Indagada sobre as opiniões de cidadãos que, seja no próprio noticiário, ou nas redes sociais, critica a hipótese da polícia de que Marcelo é o autor da chacina, Ilana definiu: "É porque o suposto autor não tem e nem pertence a algum grupo que tenha o estereótipo criminoso. Se tivesse antecedentes criminais, ou se fosse um menor desfavorecido e criado em uma periferia violenta, por exemplo, as pessoas aceitariam mais facilmente que foi ele. Aí o clamor da sociedade pela prova científica, e não de inferência, é muito maior", explicou.
Em duas semanas, 31 pessoas foram ouvidas
Até esta sexta-feira (16), delegados do DHPP que atuam no caso ouviram 31 testemunhas –entre familiares e vizinhos das vítimas, policiais que trabalhavam com o sargento, na Rota, e com a cabo, no 18º Batalhão da 1ª Companhia, além de colegas de escola de Marcelo e professores do menino. Para a polícia, a motivação está praticamente esclarecida: os alunos disseram que o filho dos PMs queria organizar um grupo criminoso chamado "Os mercenários" do qual, para fazer parte, teriam de matar alguém próximo.
Em nota, a assessoria de imprensa do DHPP preferiu não comentar as críticas dos entrevistados. "O DHPP respeita a posição de cada um deles, mas não se manifestará para preservar o processo investigatório e os depoimentos da testemunhas", diz o órgão.
Segundo o DHPP, no entanto, as investigações são acompanhadas pela Comissão de Segurança Pública da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e por dois representantes do Ministério Público (MP). Procurada, a Promotoria informou que "aguarda a vinda dos laudos e a conclusão do inquérito" para se manifestar. Já o representante da OAB, Arles Gonçalves Junior, não quis falar com a reportagem sobre o assunto.
14/08/2013 - 03h40
Cabo morta foi convidada por PMs a roubar caixas eletrônicos
GIBA BERGAMIM JR
DE SÃO PAULO
JOSMAR JOZINO
DO "AGORA"
A cabo Andreia Regina Bovo Pesseghini, 36, morta com a família na semana
passada, foi convidada por PMS a participar de um roubo de caixa eletrônico. A
declaração foi dada ontem pelo deputado major Olímpio Gomes (PDT). O parlamentar
comunicou essa informação anteontem ao corregedor da PM, o coronel Rui
Conegundes.
Segundo a polícia, o filho da cabo, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13, é o
principal suspeito de ter matado a mãe, o pai, o sargento da Rota Luís Marcelo
Pesseghini, 40, a avó, de 65 anos e a tia-avó, de 55 anos, na casa da família,
na Brasilândia (zona norte de SP). Para a polícia, o crime ocorreu no dia 5 e o
menino se matou após ir até a escola.
De acordo com Fomes, Andreia avisou sobre o convite do roubo a seu superior,
o capitão Fábio Paganotto, então comandante da 1ª Companhia do 18º batalhão.
Paganotto tentou apurar o fato e acabou transferido, posteriormente, para o 9º
batalhão. Gomes disse que os PMs não foram punidos.
Para
psicóloga da PM, criança pode manusear arma junto com os pais
Em
bilhete, filho suspeito de matar PMs mostra carinho pelo pai
Paganotto foi um dos policiais que se envolveram, com PMs da Rota, na
ocorrência que deixou seis suspeitos mortos em uma suposta tentativa de roubo a
caixas eletrônicos no supermercado Comprebem, em Parada de Taipas (zona norte de
SP), em agosto de 2011.
Na última quarta-feira, o tenente-coronel Wagner Dimas, então comandante do
18º batalhão, disse em entrevista à rádio Bandeirantes que a cabo havia delatado
colegas envolvidos em roubo a caixas eletrônicos e que não acreditava que o
menino fosse o responsável pelas mortes. No dia seguinte, ele foi chamado para
depor na Corregedoria da PM e desmentiu
os fatos.
Dimas foi afastado anteontem do comando do 18º batalhão. A PM não quis se
pronunciar sobre o afastamento.
CENA DO CRIME
A casa onde a família foi morta não teve a cena de crime totalmente
preservada. A informação consta de nota divulgada ontem pela Secretaria da
Segurança Pública de São Paulo.
"O departamento [Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, DHPP]
apenas confirmou afirmação da imprensa de que o local 'não estava totalmente
idôneo'. Isso, evidentemente, não quer dizer que houve violação proposital da
cena do crime", diz o texto.
Sebastião de Oliveira Costa, 54, parente das vítimas, disse, no último
sábado, que chegou à casa às 17h45 do dia 5 e que havia ao menos 30 PMs dentro
dela, antes da chegada da perícia.
A polícia pretende chamar para depor os policiais militares que entraram na
casa antes da chegada da perícia.
DE SÃO PAULO
JOSMAR JOZINO
DO "AGORA"
Família de PMs é assassinada em SP
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Jorge Araujo - 6.ago.13/Folhapress
Polícia Civil faz perícia no local onde ocorreu a chacina na
Brasilândia, zona norte de São Paulo
Jorge Araujo - 6.ago.13/Folhapress
Oito dias após chacina, vandalismo e gato preto 'abandonado' marcam local de crime na zona norte de SP
Janaina Garcia
Do UOL, em São Paulo
Janaina Garcia
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
Oito dias depois da chacina que deixou mortos cinco integrantes de uma mesma família, na Brasilândia, zona norte de São Paulo, as cenas de vandalismo nas casas em que os crimes aconteceram aumentaram e atingiram também os vizinhos.
A residência em que foram encontrados os corpos do sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, 40, da cabo da PM Andréia Pesseghini, 36, e do filho do casal, Marcelo Pesseghini, 13, por exemplo, agora tem pichadas também as paredes da fachada, por dentro dos portões –os quais, até semana passada, eram os únicos alvos dos pichadores com a mensagem "Que a verdade seja dita".
O muro da casa em que moravam a avó do menino, Berenice Oliveira, 65, e a tia-avó, Bernadete Oliveira, 55, também foi alvo dos pichadores. Um pequeno salão de beleza e um boteco localizados na parte térrea do terreno, alugadas por dona Berenice, também ganharam pichações após o crime.
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- Gato de Berenice, que morreu, mora na casa da dona e está abandonado, segundo vizinhos
- Severino José da Silva, 76, e sua mulher, Mara Maria da Silva, 83, eram vizinhos da família
Inabitados os imóveis desde a chacina, ao menos a casa de dona Berenice –Berê, como era conhecida no bairro –tem um morador cativo: um gato preto que, de acordo com os vizinhos, está abandonado desde domingo.
"Ela tinha esse gato e um marronzinho, que foi embora. O pretinho fica andando pelo muro, para em frente à janela do quarto dela e mia várias vezes ao dia", contou um vizinho que não quis se identificar.
Um casal de idosos que vende doces na rua que faz fundo ao muro de dona Berenice apontou o gato no muro para a repórter e reforçou: "Ele fica agora aí e só mia. Está magrinho, pode reparar", disse Severino José da Silva, o marido de 76 anos. a mulher dele, Mara Maria da Silva, 83, se emocionou ao lembrar da vizinha. Eles chegaram à Brasilândia há pouco mais de 40 anos. A família da cabo Andréia, disseram, estava ali há cerca de três décadas.
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"A Berê e o neto brincavam ali em cima e ela acena aqui para nós. Esse menino era o bibelô dela, moça", disse dona Maria. Se um dia a comunidade vai superar o que ela classificou como "um choque"? "Nunca mais as pessoas daqui vão se esquecer disso."
Avó de estudante "era uma pessoa de muita fé"
Locatária de uma das três salas de dona Berenice nas imediações, uma cabeleireira que também pediu para não ser identificada disse não acreditar na hipótese de o neto da aposentada ser o autor da chacina.
"Dona Berê era muito religiosa, era uma pessoa de muita fé. Ela me ajudou quando eu estava com depressão e era muito devota de Santo Expedito. Desculpe, mas não tem como acreditar que o neto que era tão amoroso com ela tenha feito isso. Ninguém aqui no bairro acredita nessa história", afirmou.
Vizinha do casal de PMs, a dona de casa Geralda Pereira Silva, 60, disse ter sabido há poucos meses que os pais de Marcelo eram policiais. Ela também negou ter visto, em algum momento, o estudante dirigir o carro da mãe pelo bairro –habilidade que um PM amigo de Andréia disse à Polícia Civil que o menino possuía.
"Moro há 23 anos no bairro, mas nunca via essa família na rua. Era muito raro. A gente vai retomando a vida aqui aos poucos, mas é uma tristeza grande para todo mundo", relatou.
Legista do caso PC Farias contesta PM de SP e diz que filho de sargento da Rota foi assassinado.
Aliny Gama
Do UOL, em Maceió -
Do UOL, em Maceió -
O médico legista e professor da Ufal (Universidade Federal de Alagoas) George Sanguinetti, que ficou conhecido por refazer o laudo das mortes do casal Paulo Cesar Farias e Suzana Marcolino e apontar que eles foram assassinados em 1996, afirmou em entrevista ao UOL que o filho do casal de policiais militares paulistas Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13, também foi assassinado junto com os pais.
Marcelo é até o momento o principal suspeito de ter matado o pai, o sargento da Rota (tropa de elite da PM) Luís Marcelo Pesseghini, 40, a mãe, a cabo Andréia Pesseghini, 36, a avó e uma tia avó. Para a polícia, o adolescente cometeu os quatro assassinatos entre a madrugada do último domingo (4) e a de segunda (5), com a arma da mãe, uma pistola .40, e se matou no começo da tarde de segunda, ao voltar do colégio.
Ao analisar as fotos da sala em que Marcelo e os pais foram encontrados mortos, Sanguinetti foi categórico ao afirmar que a posição do corpo do adolescente não é compatível com a de um suicídio, e sim, com a de um assassinato.
"Há muita clareza nas posições dos corpos, que mostram que os três foram assassinados. Ao fazer os cálculos de corpos com estatura semelhantes à da mãe e do filho, podemos observar que todos foram mortos por outra pessoa", disse Sanguinetti, explicando em um cenário montado com um colchão no chão e um boneco na posição semelhante à qual Marcelo foi encontrado morto.
"A posição em que o corpo do menino caiu, com a mão direita em cima do lado esquerdo da cabeça e o braço esquerdo dobrado para trás, com a palma mão esquerda aberta para cima, não é compatível com a posição de um suicida, e sim, com a de uma pessoa que foi assassinada. A arma do crime também não está no local compatível, que iria aparecer na foto em cima da cama ou próximo aos joelhos do menino", explicou Sanguinetti.
Para ele, a equipe da perícia precisa refazer os cálculos do trajeto dos corpos ao serem atingidos pelos projéteis porque a conclusão está equivocada ao afirmar que o menino assassinou os pais e depois se matou. Ele explicou que não é impossível refazer os cálculos mesmo com o cenário desfeito e que os peritos devem se basear nas imagens para concluir "claramente" que o menino também foi vítima
Quem é o perito
- O alagoano George Sanguinetti é médico legista desde 1971. Também é professor da Ufal (Universidade Federal de Alagoas) nos cursos de medicina e direito, nas disciplinas de medicina legal. É coronel médico da PM de Alagoas. Sanguinetti ficou conhecido por refazer o laudo das mortes do tesoureiro do ex-presidente Fernando Collor de Melo, PC Farias, e da namorada, Suzana Marcolino, ocorridas em 23 de junho de 1996, assinado pelo legista Badan Palhares. O legista também trabalhou nos laudos das mortes da procuradora de Justiça de São Paulo Denise Piovani, supostamente assassinada pelo professor de direito USP Alcides Tomasetti Júnior, marido dela, em 1996. Foi contratado pelas defesas do casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, ambos, condenados pela morte da menina Isabela Nardoni, do goleiro Bruno, apontado na morte da amante dele Elisa Samundio, além de ter atuado no caso do turista inglês Neil Juwwahers, preso por estar alcoolizado e encontrado morto em uma cela da Delegacia de Proteção ao turista de Fortaleza, em 2008, dentre outros casos que tramitam sob sigilo de Justiça em tribunais brasileiros e internacionais. Ele escreveu o livro A morte de PC e Suzana: o dossiê Sanguinetti.
Ao analisar as fotos da sala em que Marcelo e os pais foram encontrados mortos, Sanguinetti foi categórico ao afirmar que a posição do corpo do adolescente não é compatível com a de um suicídio, e sim, com a de um assassinato.
"Há muita clareza nas posições dos corpos, que mostram que os três foram assassinados. Ao fazer os cálculos de corpos com estatura semelhantes à da mãe e do filho, podemos observar que todos foram mortos por outra pessoa", disse Sanguinetti, explicando em um cenário montado com um colchão no chão e um boneco na posição semelhante à qual Marcelo foi encontrado morto.
"A posição em que o corpo do menino caiu, com a mão direita em cima do lado esquerdo da cabeça e o braço esquerdo dobrado para trás, com a palma mão esquerda aberta para cima, não é compatível com a posição de um suicida, e sim, com a de uma pessoa que foi assassinada. A arma do crime também não está no local compatível, que iria aparecer na foto em cima da cama ou próximo aos joelhos do menino", explicou Sanguinetti.
Para ele, a equipe da perícia precisa refazer os cálculos do trajeto dos corpos ao serem atingidos pelos projéteis porque a conclusão está equivocada ao afirmar que o menino assassinou os pais e depois se matou. Ele explicou que não é impossível refazer os cálculos mesmo com o cenário desfeito e que os peritos devem se basear nas imagens para concluir "claramente" que o menino também foi vítima
10/08/2013 - 03h30
Análise: Com dados contraditórios, especulação sobre chacina corre o mundo
Sábado, 10 de agosto de 2013 - UOL.
NELSON DE SÁ
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
08/08/2013 - 16h36
Delegado-geral de SP se diz surpreso com declarações de comandante da PM
DE SÃO PAULO
Polícia afirma ter achado sangue na roupa de menino suspeito de matar os pais
Garoto suspeito de matar pais frequentava a Rota, diz comandante da PM
Família de PMs é assassinada em SP
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Polícia Civil faz perícia no local onde ocorreu a chacina na
Brasilândia, zona norte de São Paulo
Garoto suspeito de matar pais PMs pode ter sido vítima de armação, diz jornal inglês
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/08/08/garoto-suspeito-de-matar-familia-de-pms-pode-ter-sido-vitima-de-armacao-diz-jornal-ingles.htm
Dúvidas não esclarecidas
- como os vizinhos não ouviram o barulho de tiros que mataram cinco pessoas? |
- se de fato matou quatro pessoas e a si próprio, como Marcelo não tinha vestígios de pólvora nas mãos? |
- como o menino teria cometido os assassinatos, ido à escola e, mesmo assim, ter cabelos nas mãos quando morreu? |
- como um menino "dócil e amoroso" com os pais, segundo familiares e vizinhos, teria sido capaz de um crime tão violento? |
- qual o motivo de Marcelo ter colocado um revólver calibre 32 na mochila, se a arma usada para todos os assassinatos foi uma pistola .40? |
- por que o depoimento de um adolescente de 13 anos é mais relevante para a polícia formular um juízo de valor do que o de testemunhas adultas que ainda nem foram ouvidas? |
- onde os pais de Marcelo guardavam as armas em casa? |
- que horas e em que sequência as vítimas foram assassinadas? |
- por que só a mãe do menino, a cabo Andréia, estava em posição de submissão ao ser morta? |
- a cena do crime poderia ter sido forjada? |
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o coronel não descartou a possibilidade do crime estar relacionado com a denúncia feita pela policial e disse não "estar convencido" da versão apresentada até agora pela polícia. Ainda de acordo Dimas, Andreia não fez nenhum relato a ele de que estivesse sofrendo ameaças.
O delegado Itagiba Franco, da divisão de homicídios do DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa) da Polícia Civil, sustenta, porém, que a principal linha de investigação é a de homicídio seguido de suicídio.
Já a Corregedoria da PM disse que investigará a denúncia supostamente feita por Andreia.
Na quarta-feira, o mesmo jornal publicou uma extensa reportagem em que, além de trazer detalhes dos crimes e da investigação, sugere que o adolescente Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13, foi influenciado por uma famosa chacina ocorrida na madrugada de
Policiais mortos - 08 - 08 -2013 -VEJA SP.
Dez dúvidas sobre a morte da família Pesseghini
Polícia acredita que o filho do casal de policiais atirou em todos os familiares, foi à escola, voltou para casa e depois se matou
-
O casal de policiais, o filho e outros dois parentes foram encontrados mortos em casa na noite de segunda-feira (5), na Vila Brasilândia, Zona Norte da capital (Foto: Juliana Deodoro )
Em menos de 48 horas após a morte do casal Andréia e Luís Marcelo Pesseghini, de seu filho Marcelo Eduardo Pesseghini, da avó do garoto Benedita Bovo, e sua tia-avó, Bernadete Silva, a polícia acredita que o caso está praticamente esclarecido.O garoto Marcelo, de 13 anos, teria atirado em todos os familiares, ido à escola e depois voltado para a casa para se matar.
+Polícia encontra luvas e mais três armas
+Amigo disse para a polícia que Marcelo queria matar os pais
O depoimento de um amigo do jovem, que teria dito que ele sonhava em ser matador de aluguel, corroborou as evidências coletadas pela polícia. Um vídeo de uma câmera de segurança que mostra Marcelo indo para a escola também se tornou uma prova contundente no caso.
Apesar disso, pessoas que conviviam com a família, parentes e vizinhos não acreditam que o garoto possa de fato ter premeditado tudo isso.Entre todas as questões que surgiram sobre o caso na internet e rodas de discussão, selecionamos dez que podem ajudar esclarescer o crime:
1 - Por que ninguém reagiu? As vítimas foram dopadas? Pelo menos a tia-avó tomava remédios para dormir.
2 - Por que a mãe era a única vítima que estava ajoelhada? Segundo a polícia, ela foi a segunda pessoa morta e deve ter acordado após o pai ser atingido.
3 - Por que os vizinhos não ouviram os tiros? Um silenciador foi usado? Uma moradora afirmou ter acordado por volta de 0h15 com um barulho, que acreditou ser de escapamento de moto. Esse foi o único relato sobre o barulho.
4 - Como um jovem de 13 anos sabia manusear armas com tanta eficiência? Os policiais afirmam ser normal que o filho de um policial militar saiba mexer com armas.
5 - Todas as vítimas foram mortas na mesma hora? Os pais teriam sido executados primeiro, seguidos da avó e tia-avó.
6 - Exame residuográfico não encontrou pólvora na mão de Marcelo. Como isso é possível? Diferente de um revólver, a polícia diz que a pistola nem sempre deixa resíduo, especilamente em mãos pequenas, como de uma criança ou jovem.
Marcelo Eduardo estudava na escola Stella Rodrigues, na Freguesia do Ó
(Foto: Rodrigo Paiva)
Além dessas dúvidas, algumas outras questões ainda não têm nenhuma resposta divulgada. Confira:
7 - Marcelo dormiu no carro da mãe? O que fez na madrugada?
8 - Como a arma estava embaixo do corpo do garoto se ele atirou na própria cabeça?
9 - Se nenhum vizinho ou parente viu Marcelo dirigindo um carro, onde e com quem ele aprendeu?
10 - Se o plano de Marcelo era fugir, por que voltou para casa?
- O casal de policiais, o filho e outros dois parentes foram encontrados mortos em casa na noite de segunda-feira (5), na Vila Brasilândia, Zona Norte da capital (Foto: Juliana Deodoro )
Em menos de 48 horas após a morte do casal Andréia e Luís Marcelo Pesseghini, de seu filho Marcelo Eduardo Pesseghini, da avó do garoto Benedita Bovo, e sua tia-avó, Bernadete Silva, a polícia acredita que o caso está praticamente esclarecido.O garoto Marcelo, de 13 anos, teria atirado em todos os familiares, ido à escola e depois voltado para a casa para se matar.
+Polícia encontra luvas e mais três armas
+Amigo disse para a polícia que Marcelo queria matar os pais
O depoimento de um amigo do jovem, que teria dito que ele sonhava em ser matador de aluguel, corroborou as evidências coletadas pela polícia. Um vídeo de uma câmera de segurança que mostra Marcelo indo para a escola também se tornou uma prova contundente no caso.
Apesar disso, pessoas que conviviam com a família, parentes e vizinhos não acreditam que o garoto possa de fato ter premeditado tudo isso.Entre todas as questões que surgiram sobre o caso na internet e rodas de discussão, selecionamos dez que podem ajudar esclarescer o crime:
1 - Por que ninguém reagiu? As vítimas foram dopadas? Pelo menos a tia-avó tomava remédios para dormir.
2 - Por que a mãe era a única vítima que estava ajoelhada? Segundo a polícia, ela foi a segunda pessoa morta e deve ter acordado após o pai ser atingido.
3 - Por que os vizinhos não ouviram os tiros? Um silenciador foi usado? Uma moradora afirmou ter acordado por volta de 0h15 com um barulho, que acreditou ser de escapamento de moto. Esse foi o único relato sobre o barulho.
4 - Como um jovem de 13 anos sabia manusear armas com tanta eficiência? Os policiais afirmam ser normal que o filho de um policial militar saiba mexer com armas.
5 - Todas as vítimas foram mortas na mesma hora? Os pais teriam sido executados primeiro, seguidos da avó e tia-avó.
6 - Exame residuográfico não encontrou pólvora na mão de Marcelo. Como isso é possível? Diferente de um revólver, a polícia diz que a pistola nem sempre deixa resíduo, especilamente em mãos pequenas, como de uma criança ou jovem.
Além dessas dúvidas, algumas outras questões ainda não têm nenhuma resposta divulgada. Confira:
7 - Marcelo dormiu no carro da mãe? O que fez na madrugada?
8 - Como a arma estava embaixo do corpo do garoto se ele atirou na própria cabeça?
9 - Se nenhum vizinho ou parente viu Marcelo dirigindo um carro, onde e com quem ele aprendeu?
10 - Se o plano de Marcelo era fugir, por que voltou para casa?
+Polícia encontra luvas e mais três armas
+Amigo disse para a polícia que Marcelo queria matar os pais
O depoimento de um amigo do jovem, que teria dito que ele sonhava em ser matador de aluguel, corroborou as evidências coletadas pela polícia. Um vídeo de uma câmera de segurança que mostra Marcelo indo para a escola também se tornou uma prova contundente no caso.
Apesar disso, pessoas que conviviam com a família, parentes e vizinhos não acreditam que o garoto possa de fato ter premeditado tudo isso.Entre todas as questões que surgiram sobre o caso na internet e rodas de discussão, selecionamos dez que podem ajudar esclarescer o crime:
1 - Por que ninguém reagiu? As vítimas foram dopadas? Pelo menos a tia-avó tomava remédios para dormir.
2 - Por que a mãe era a única vítima que estava ajoelhada? Segundo a polícia, ela foi a segunda pessoa morta e deve ter acordado após o pai ser atingido.
3 - Por que os vizinhos não ouviram os tiros? Um silenciador foi usado? Uma moradora afirmou ter acordado por volta de 0h15 com um barulho, que acreditou ser de escapamento de moto. Esse foi o único relato sobre o barulho.
4 - Como um jovem de 13 anos sabia manusear armas com tanta eficiência? Os policiais afirmam ser normal que o filho de um policial militar saiba mexer com armas.
5 - Todas as vítimas foram mortas na mesma hora? Os pais teriam sido executados primeiro, seguidos da avó e tia-avó.
6 - Exame residuográfico não encontrou pólvora na mão de Marcelo. Como isso é possível? Diferente de um revólver, a polícia diz que a pistola nem sempre deixa resíduo, especilamente em mãos pequenas, como de uma criança ou jovem.
Marcelo Eduardo estudava na escola Stella Rodrigues, na Freguesia do Ó
(Foto: Rodrigo Paiva)
Além dessas dúvidas, algumas outras questões ainda não têm nenhuma resposta divulgada. Confira:
7 - Marcelo dormiu no carro da mãe? O que fez na madrugada?
8 - Como a arma estava embaixo do corpo do garoto se ele atirou na própria cabeça?
9 - Se nenhum vizinho ou parente viu Marcelo dirigindo um carro, onde e com quem ele aprendeu?
10 - Se o plano de Marcelo era fugir, por que voltou para casa?
Polícia encontra par de luvas em carro de PMs assassinados em São Paulo
07/08/13 - 09h03
Publicado Por:
Nahama Nunes
A perícia
realizada pela Polícia Técnico-Científica no veículo da família do adolescente
Marcelo Pesseghini, de 13 anos, suspeito de se matar após assassinar os pais
policiais militares, a avó e a tia, encontrou um par de luvas no banco de trás
do veículo.
O carro, segundo as investigações, foi usado por Marcelo após
o crime para ir até a escola, na Vila Brasilândia, na Zona Norte de São
Paulo.
As peças foram mandadas para análise, que vai mostrar se havia
vestígios de pólvora.
As informações foram divulgadas na manhã desta quarta-feira (7) pelo delegado
Itagiba Franco, da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
Vizinhos do adolescente não acreditam que o garoto tenha cometido os
crimes. Os moradores da rua Dom Sebastião ressaltam que a família do menino era
tranquila.
O adolescente foi apresentado pela polícia como único suspeito
até agora pela morte de sua família. Nesta terça-feira (6), A Polícia Civil
apontou o garoto como responsável pelos disparos que mataram cinco pessoas. O
menor teria matado o pai, o sargento da Rota Luis Marcelo Pesseguini, e a mãe, a
cabo da PM Andréia Regina Pesseguini. Ele ainda é suspeito de atirar na avó e na
tia-avó, que dormiam na casa ao lado no mesmo terreno, na madrugada de
segunda-feira.
Após executar os familiares à queima roupa, Marcelo
Eduardo pegou o veículo da mãe e seguiu para à escola, segundo as investigações.
Câmeras de segurança mostram o garoto saindo do carro pela porta do motorista e
caminhando tranquilamente rumo ao colégio.
Depois da aula, o menino
voltou para a casa e se suicidou com um tiro na cabeça, de acordo com a polícia.
O delegado Itagiba Franco, chefe da Divisão de Homicídios do DHPP, contou à
Jovem Pan que o melhor amigo do menino, que não teve o nome revelado, disse que
há tempos Marcelo planejava a morte dos pais.
Inicialmente, parentes do
menino disseram que ele era destro e, portanto, não poderia ter dado um tiro do
lado esquerdo da cabeça. Mais tarde, as professoras apontaram, entretanto, que
Marcelo era canhoto, o que confirma a suspeita a partir dos indícios da cena do
crime.
Segundo familiares, a única preocupação dos pais era com a saúde
do menino, que era diabético e tinha doença crônica nos pulmões. O sargento
Laerte Fidelis, que chefiava a cabo Andréia Regina Pesseguini, destacou que não
havia nada que desabonasse sua conduta do garoto.
As Investigações
policiais dão conta de que o sargento Luis Marcelo Pesseguini foi morto horas
antes da esposa Andréia. O psiquiatra Daniel de Barros, do Instituto de
Psiquiatria do Hospital das Clínicas, fez uma análise a nossa reportagem dos
casos de "familicídio”. Ouça o áudio .
A criminóloga e escritora
Ilana Casoy destaca ressaltou à JP que, apesar de sua experiência, nunca viu um
caso semelhante a esse. Os corpos do casal, do filho e da avó foram enterrados
em Rio Claro, no interior paulista, e o da tia-avó, no cemitério Gethsêmani, em
São Paulo.
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Publicado Por: Nahama Nunes
O carro, segundo as investigações, foi usado por Marcelo após o crime para ir até a escola, na Vila Brasilândia, na Zona Norte de São Paulo.
As peças foram mandadas para análise, que vai mostrar se havia vestígios de pólvora. As informações foram divulgadas na manhã desta quarta-feira (7) pelo delegado Itagiba Franco, da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
Vizinhos do adolescente não acreditam que o garoto tenha cometido os crimes. Os moradores da rua Dom Sebastião ressaltam que a família do menino era tranquila.
O adolescente foi apresentado pela polícia como único suspeito até agora pela morte de sua família. Nesta terça-feira (6), A Polícia Civil apontou o garoto como responsável pelos disparos que mataram cinco pessoas. O menor teria matado o pai, o sargento da Rota Luis Marcelo Pesseguini, e a mãe, a cabo da PM Andréia Regina Pesseguini. Ele ainda é suspeito de atirar na avó e na tia-avó, que dormiam na casa ao lado no mesmo terreno, na madrugada de segunda-feira.
Após executar os familiares à queima roupa, Marcelo Eduardo pegou o veículo da mãe e seguiu para à escola, segundo as investigações. Câmeras de segurança mostram o garoto saindo do carro pela porta do motorista e caminhando tranquilamente rumo ao colégio.
Depois da aula, o menino voltou para a casa e se suicidou com um tiro na cabeça, de acordo com a polícia. O delegado Itagiba Franco, chefe da Divisão de Homicídios do DHPP, contou à Jovem Pan que o melhor amigo do menino, que não teve o nome revelado, disse que há tempos Marcelo planejava a morte dos pais.
Inicialmente, parentes do menino disseram que ele era destro e, portanto, não poderia ter dado um tiro do lado esquerdo da cabeça. Mais tarde, as professoras apontaram, entretanto, que Marcelo era canhoto, o que confirma a suspeita a partir dos indícios da cena do crime.
Segundo familiares, a única preocupação dos pais era com a saúde do menino, que era diabético e tinha doença crônica nos pulmões. O sargento Laerte Fidelis, que chefiava a cabo Andréia Regina Pesseguini, destacou que não havia nada que desabonasse sua conduta do garoto.
As Investigações policiais dão conta de que o sargento Luis Marcelo Pesseguini foi morto horas antes da esposa Andréia. O psiquiatra Daniel de Barros, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, fez uma análise a nossa reportagem dos casos de "familicídio”. Ouça o áudio .
A criminóloga e escritora Ilana Casoy destaca ressaltou à JP que, apesar de sua experiência, nunca viu um caso semelhante a esse. Os corpos do casal, do filho e da avó foram enterrados em Rio Claro, no interior paulista, e o da tia-avó, no cemitério Gethsêmani, em São Paulo.
07/08/2013 - 14h43
Comandante de batalhão diz que PM morta com a família denunciou colegas
DE SÃO PAULO
O comandante do 18º Batalhão da PM, coronel Wagner Dimas, afirmou nesta
quarta-feira (7) em entrevista à Rádio Bandeirantes que a cabo da PM Andreia
Regina Pesseghini, 36, havia denunciado colegas policiais por envolvimento com
roubo a caixas eletrônicos.
Ela e outros quatro integrantes da sua família foram encontrados mortos com
tiros na cabeça na segunda-feira (5) dentro de casa, na Brasilândia (zona norte
de SP). O coronel, que era chefe de Andreia, diz que apenas um grupo restrito de
policiais sabia da acusação feita pela policial.
Dimas não descartou a possibilidade do crime estar relacionado com a denúncia
feita pela policial e disse não "estar convencido" da versão apresentada até
agora pela polícia de que o filho de Andreia, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini,
13, tenha matado toda a família e depois se suicidado.
O comandante diz que a cabo nunca relatou à PM que estava sofrendo qualquer
tipo de ameaça. Ainda segundo o policial, a investigação não chegou a nenhuma
conclusão, mas que alguns policiais foram transferidos para o setor
administrativo.
DE SÃO PAULO
Família de PMs é assassinada em SP
Jorge Araujo - 6.ago.13/Folhapress
Polícia Civil faz perícia no local onde ocorreu a chacina na
Brasilândia, zona norte de São Paulo
Jorge Araujo - 6.ago.13/Folhapress
O CRIME
A polícia acredita que Marcelo matou os parentes na noite de domingo (4) ou
madrugada de segunda (5). Teria então dirigido até a escola, passado a madrugada
no carro, frequentado as aulas de manhã, voltado de carona para casa e se
matado.
A família foi achada em casa anteontem, todos com tiros na cabeça. Luis
Marcelo Pesseghini, 40, era sargento da Rota. A mulher era cabo do 18º Batalhão.
As outras vítimas moravam na casa nos fundos: a mãe dela, Benedita Bovo, 65, e a
tia-avó Bernadete Silva, 55.
Inicialmente, a polícia suspeitava que o crime havia sido retaliação à prisão
de integrantes de uma facção criminosa. Após perícia, depoimentos e imagens de
câmeras, praticamente descartou a hipótese.
A nova versão ganhou força após o melhor amigo de Marcelo afirmar à polícia
que, em diversas ocasiões, ele havia lhe dito que planejava matar a família e
fugir.
"Esse amigo nos disse: 'Ele sempre me chamou para fugir de casa para ser um
matador de aluguel. Ele tinha o plano de matar os pais durante a noite, quando
ninguém soubesse, e fugir com o carro dos pais e morar em um local abandonado'",
afirmou o delegado Itagiba Franco.
No quarto de Marcelo, havia diversas armas de brinquedo. Na mochila com que
fora à escola, um revolver 32, uma faca, rolos de papel higiênico e mudas de
roupa.
Câmeras
de um imóvel na rua do Stella Rodrigues, colégio particular na Freguesia do
Ó, registraram o Classic cinza de Andreia sendo estacionado à 1h25. Às 6h23, sai
dele um garoto, que vai até o colégio.
O amigo reconheceu Marcelo nas imagens, mas nenhum parente sabia que o garoto
tinha noções de direção. Um vizinho contou que os pais lhe disseram que estavam
ensinando o garoto a dirigir.
PÓLVORA
Nas mãos do jovem a polícia não encontrou
pólvora. No carro da família, no entanto, foi achado um par de luvas que
será periciado na tentativa de encontrar algum vestígio.
Segundo a polícia, o fato de não haver vestígios do armamento não é incomum,
pois a pistola.40 utilizada no crime costuma não deixar vestígios. Canhoto,
Marcelo tinha na mão esquerda a pistola utilizada pela mãe. Policiais afirmaram
que a arma requer iniciação, pois seu manuseio não é simples.
A Folha apurou que alguns policiais ainda não estão convencidos do
caso, já que indícios preliminares apontam que o sargento foi morto horas antes
das demais vítimas.
Marcelo tinha diabetes e fibrose cística, doença degenerativa sem cura que
pode levar a infecções, problemas digestivos e morte na idade adulta -mas
nenhuma alteração psiquiátrica. Ele já havia reclamado da doença a professores e
colegas.
Opinião dos vizinhos :
Polícia se precipita ao incriminar adolescente por morte de PMs, dizem criminalistas
Imagens de câmera de segurança não identificam filho de PMs dirigindo carro, admite polícia
Janaina Garcia
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
Fique por dentro:
- Polícia se precipita ao incriminar adolescente, dizem criminalistas
- Comandante de batalhão diz que PM morta denunciou colegas
- Câmera mostra garoto chegando à escola
- Tio de suspeito questiona versão da polícia
- Veja dez dúvidas que ainda não foram esclarecidas
- Jovem disse a amigo que planejava matar os pais, afirma polícia
"Pelas imagens, vemos apenas que [o motorista] é uma pessoa de camiseta branca e que passa calmamente com o veículo", disse o delegado do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) Itagiba Franco. "Mas outras imagens mostram o Marcelo saindo de onde o carro foi estacionado, com uma jaqueta, camiseta branca e mochila nas costas", completou.
Para o delegado, o fato de Marcelo ser "um menino extremamente bem cuidado pelos pais", como alegaram os familiares, auxilia a polícia na tese de que o aluno é o autor dos homicídios.
Conforme o delegado do DHPP, uma testemunha se apresentou espontaneamente nesta tarde para informar que viu o carro da policial ser estacionado, de madrugada. Entretanto ela negou que tenha visto quem o dirigia ou quem o deixou às 6h30 de segunda.
Entre familiares, vizinhos, professores, a polícia já ouviu 12 testemunhas.
Assassinatos em Brasilândia
Família de casal de PMs é morta em São Paulo - 10 vídeos
Depoimento do melhor amigo
Itagiba Franco afirmou, na entrevista de hoje, que o elemento mais importante que indica a autoria de Marcelo foi o depoimento do melhor amigo dele, prestado à polícia nesta terça-feira. O depoente também tem 13 anos e foi interrogado ao lado do pai, o mesmo que deu carona ao suspeito da escola para a casa.
No depoimento, o delegado diz que o amigo afirmou que Marcelo lhe confidenciou um plano para matar os pais e fugir e que o suspeito sonhava em ser matador de aluguel.
"Desejo manifestado pelo Marcelo: ele sempre me chamou para fugir de casa para ser um matador de aluguel. Ele tinha o plano de matar os pais durante a noite, quando ninguém soubesse, e fugir com o carro dos pais e morar em um local abandonado", afirmou o delegado, citando o trecho do depoimento do "amigo mais chegado" do adolescente.
A versão é contestada por amigos e familiares do garoto. Eles dizem que Marcelo era tranquilo, tinha boa relação com a família e queria ser policial como os pais.
Para Luiz Flávio Gomes, "qualquer pessoa pode ser testemunha em qualquer idade", mas é preciso ser cauteloso com depoimentos de adolescentes. "Não há problema ouvir de uma pessoa que tenha 13 anos, mas, sendo um adolescente, temos que tomar um cuidado incrível porque o adolescente tem uma mente imaginosa. É um mero depoimento, não dá pra ter certezas a partir dele. É um ponto de partida, tudo o que ele falar precisa ser checado. Ver se ele manejava armas, se tinha e-mails, se visitava sites suspeitos."
Já na opinião do professor da PUC, o depoimento do amigo não pode ser considerado uma prova cabal. "É um elemento que deve ser analisado de acordo com um conjunto de provas que foram colhidas. Há uma série de outras informações que vão ser colhidas no inquérito que podem ou não confirmar essa informação do amigo. Tem que aguardar a perícia do local, da arma. São informações imprescindíveis", afirma.
"Se essas informações indicarem que o menino se matou e a arma era a mesma, aí esse depoimento do amigo passa a ter uma certa credibilidade. Isoladamente não resolve o caso", acrescenta Frederico Crissiuma Figueiredo.
Planejamento
As investigações apontam que Marcelo matou os pais entre a noite de domingo e a madrugada de segunda, com uma pistola ponto 40. Pela manhã, teria ido à escola, que fica na Freguesia do Ó, também na zona norte, com o carro da mãe, modelo Corsa. Ele teria deixado o veículo estacionado perto da escola e retornado à residência de carona com o pai do melhor amigo. Após ter voltado, ele teria matado a avó e a tia-avó e depois se suicidado.
Segundo o delegado, com exceção da mãe, que recebeu um tiro na nuca enquanto estava de joelhos, em posição de submissão, todos foram mortos enquanto dormiam. A polícia suspeita que ele tenha sedado os parentes para facilitar os crimes. Na avaliação dos criminalistas, um adolescente de 13 anos já tem condições de planejar crimes como estes.
"Adolescentes com 13 anos já têm capacidade de planejar crimes. Existe uma variação, cada caso é um caso, mas não acho que seja impossível. Até porque esse garoto vivia em uma família de policiais. Talvez soubesse manejar uma arma", afirma Figueiredo. Para Gomes, com 13 anos "é uma idade em que se já tem capacidade cognitiva e organização mental para planejar crimes".
Suzane von Richthofen deixa o 89º Distrito Policial, em julho 2006, para o julgamento no Fórum da Barra Funda, em Sao Paulo (SP). Ela e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos foram condenados a 39 anos de prisão pelo homicídio dos pais de Suzane, ocorrido em 2002 Leia mais André Porto/Folhapress - 18.jul.2006
Suzane von Richthofen deixa o 89º Distrito Policial, em julho 2006, para o julgamento no Fórum da Barra Funda, em Sao Paulo (SP). Ela e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos foram condenados a 39 anos de prisão pelo homicídio dos pais de Suzane, ocorrido em 2002 Leia mais André Porto/Folhapress - 18.jul.2006
Tio de garoto suspeito de assassinar família em SP questiona versão da Policia.
Marivaldo Carvalho
Do UOL, em São Paulo
- Reprodução
- Imagem de vídeo feito por um colega de sala de aula de Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de 13 anos, suspeito de ter matado a família e se suicidado nessa segunda-feira (5), na Brasilândia; o garoto aparece dentro da escola no primeiro dia de aula
O garoto é suspeito de ter assassinado ontem o pai, o sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), tropa da elite da Polícia Militar, Luís Marcelo Pesseghini, a mãe, a cabo da PM Andreia Regina Bovo Pesseghini, além da avó Benedita de Oliveira Bovo, 65, e da tia-avó Bernardete Oliveira da Silva, 55,
"Ele tinha até a roupinha da Rota. Queria ser policial igual o pai. É mentira o que estão falando aí. Ele não sabia nem ligar o carro. Outra coisa, ele é destro e quem atirou era canhoto. Não dá para entender. Eu e família não acreditamos que ele fez isso."
Ele diz não acreditar que ele tenha atirado, "de jeito nenhum". Acha que o que aconteceu é retaliação por parte de criminosos. "O policial prende o ladrão, e o ladrão vem e mata o policial. É isso aí que vem acontecendo", disse.
O tio está inconformado. "[Marcelo] Era uma criança sossegadinha. A criança não tinha problema nenhum, era normal. Eu entrei na casa junto com a polícia depois do crime. Estavam todos de costas com tiros na cabeça. Todos na mesma posição, os cinco. Só a minha sobrinha, a Andreia, que estava de joelhos. Aí eu achei estranho."
5.ago.2013 - Em foto de rede social, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13, brinca com medalha no uniforme do pai, o sargento da Rota (tropa de elite da PM paulista) Luis Marcelo Pesseghini, que foram encontrados mortos junto com a mulher do sargento, que era cabo da PM, Andreia Regina Bovo Pesseghini, dentro de casa no bairro da Brasilândia, na zona norte de São Paulo, nesta segunda-feira (5). Além dos três, a mãe da cabo e a irmã dela foram encontradas mortas em outra casa que fica no mesmo quintal. A polícia trabalha com a hipótese de que o garoto tenha atirado nos membros da família e depois se matado Leia mais Reprodução/Facebook
Ligação suspeita
O tio diz ter atendido o telefone duas vezes na casa do garoto enquanto estava com a polícia ontem [na segunda-feira] pela manhã. "A pessoa falou 'eu sou da escola e eu estou preocupada com o Marcelinho, aconteceu alguma coisa com ele?'. Perguntei quem estava falando. Daí ela não respondeu e disse: 'Por que o Marcelinho não veio para a escola hoje?'", contou o tio."Desliguei o telefone e, dois minutos depois, outra pessoa ligou fazendo a mesma pergunta. 'Aconteceu alguma coisa com o Marcelinho?' Eu falei, quem é você? E a pessoa refez a pergunta: 'Por que o Marcelinho não veio para a escola hoje?'. Como disseram que ele foi para a escola?", questiona o tio.
Colegas de turma mostraram à reportagem do UOL um vídeo feito na segunda-feira, na volta às aulas, em que Marcelo aparece ao fundo, conversando com amigos.
"Ele não sabia dirigir, imagina usar uma arma. Só queria jogar videogame. Era sossegadinho. Não se envolvia em briga, confusão."
A polícia diz que o menino pode ter dirigido o carro da mãe, até a escola, no dia do crime.
Sebastião disse que o adolescente era "pequenininho". "O próprio capitão falou ontem para mim. Se uma criança dá um tiro, a arma cai no chão, é muito pesada. O menino é destro e a arma estava na mão esquerda. Ele tava caidinho, com a arma embaixo da barriga dele. Como teria atirado na nuca?"
Família de casal de PMs é morta em São Paulo - 7 vídeos
Amigo do sargento
"Uma excelente pessoa. A corporação perdeu um excelente prestador de serviço. O lema dele era sempre um nome a zelar. Como um filho adora o pai, adora a vó, adora a mãe e iria fazer isso. Impossível. O moleque sempre foi tranquilo."
Sandra Alves Feitosa, sobrinha de Bernardete, diz que era uma família unida e não entende como pode ter acontecido dessa forma. "Não quero acreditar, mas afirmo que, se foi a criança que fez isso, foi por uma força do mal. Uma criança muito inteligente", diz
Ela disse que todos levavam uma vida normal. "Dá impressão que foi vingança, alguma coisa desse tipo. Uma coisa armada, sabe. Tudo planejado. Como abre a porta, nem um sinal de roubo, não levaram nada. Uma coisa muito sinistra."
Escola
C.R.B.O.C., 14, amigo de classe de Marcelo, disse durante o velório que o garoto era meio brincalhão, não era de brigar e falava bastante de policia. "Ele dizia que queria ser policial, queria pegar os bandidos. Ele falava que queria ser da Rota."C. disse que Marcelo perguntou ontem para a professora de inglês Ana Paula se ela, quando começou a dirigir, já tinha deixado o carro morrer. "Depois a professora pediu para ele dar um abraço nela."
C. afirmou que o adolescente estava quieto ontem. "Ele ficou distante da gente e não entendi isso. Estava muito estranho. Nem participou de um trabalho em grupo e foi embora que nem vi."
"O Marcelo era muito tranquilo para fazer isso. Ele não seria capaz ", diz outro amigo de classe.
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