quinta-feira, 23 de abril de 2009

Professor de direito da USP mata filho e se suicida


UOL ONLINE 23 AB 09

Inconformado por ter perdido a guarda do filho Luís Renato, de 5 anos, o advogado Renato Ventura Ribeiro, de 39 anos, matou o menino com um tiro na nuca e cometeu suicídio. A tragédia aconteceu no feriado prolongado de Tiradentes, no apartamento 126 da Avenida Senador Casemiro da Rocha, 1.257, na Vila Clementino, zona sul da capital. Os corpos só foram encontrados ontem.

A Polícia Civil não sabe definir exatamente quando ocorreu o crime. Mas apurou que a mãe da criança, Fabiane Hungaro Menina, de 37 anos, entregou o filho ao pai na sexta-feira à tarde. Ele deveria ficar com a criança só até domingo. Como não apareceu, Fabiane prestou queixa no 16º DP (Vila Clementino), onde foi registrado, segunda-feira, um boletim de ocorrência de subtração de incapaz. A 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) abriu inquérito no mesmo dia.


Luís Renato foi fruto de um relacionamento de seis meses do casal. O pai sempre quis a guarda do filho e, por isso, entrou com ação na Justiça. Segundo o titular do 16º DP, Virgílio Guerreiro Neto, a sentença saiu há dez dias e foi favorável à mãe. Ribeiro não gostou, chegou a dizer que iria viajar e desaparecer com Luís Renato. Por decisão judicial, só podia ficar com o filho de 15 em 15 dias.


Ribeiro era advogado tributarista e dava aulas de Direito Comercial na Faculdade de Direito do Largo São Francisco da Universidade de São Paulo. Também lecionava na São Judas. Tinha quatro livros editados, incluindo Lei Eleitoral Comentada.

23/04/2009 - 14h35
Advogado encontrado morto com filho de cinco anos em SP deixou carta, diz polícia
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Colaboração para a Folha Online
da Folha de S.Paulo

O advogado Renato Ventura Ribeiro, 39, deixou uma carta em seu computador antes de morrer em seu apartamento, no bairro de Mirandópolis, zona sul de São Paulo. O corpo foi encontrado quarta-feira (22) ao lado do corpo do filho, de cinco anos.

Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), a carta foi encontrada no computador do advogado e possui frases "melancólicas". A polícia investiga a hipótese de que ele tenha assassinado o filho e se matado em seguida, e se o crime está relacionado a uma disputa judicial entre Ribeiro e a mãe do menino, a advogada Fabiane Húngaro Menina, 37, que tinha a guarda da criança.

"Ele pediu a mudança da guarda e não conseguiu, a sentença saiu faz dez dias", disse o delegado Virgílio Guerreiro Neto. Tanto o advogado quanto a mulher, segundo o delegado, já haviam ameaçado fugir com o garoto.

O menino estava com o pai, professor da USP (Universidade de São Paulo), desde a última sexta-feira (17) e deveria ser entregue para a mãe no domingo (19), mas como não aconteceu Fabiane registrou um boletim de ocorrência por subtração de menor na delegacia.

Os corpos foram localizados pela faxineira do advogado, Márcia Souza, por volta das 16h30 de ontem. Segundo a SSP, o menino foi ferido por um tiro na nuca e o advogado por um tiro na cabeça. Ribeiro segurava uma pistola quando foi encontrado. Ambos já estavam em estado de decomposição.

A polícia já ouviu os depoimentos da mãe e do avô do menino, além da faxineira e do zelador que encontraram o corpo. O caso é investigado pelo 16º DP (Vila Clementino).

quarta-feira, 22 de abril de 2009

FARPAS NO TRIBUNAL.


BRIGA SUPREMA

Em nota, ministros reafirmam apoio a Gilmar Mendes; sessão de amanhã é cancelada
Da Redação - 22/04/2009


O STF (Supremo Tribunal Federal) divulgou na noite desta quarta-feira (22/4) uma nota assinada por oito ministros que reafirmaram “confiança e respeito” ao presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes. A medida acontece depois que o ministro bateu boca no plenário com Joaquim Barbosa.

A sessão plenária desta quinta-feira (23/4) foi cancelada.

Ao lamentar o episódio ocorrido hoje, os ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Cezar Peluso, Carlos Ayres Britto, Eros Grau, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Menezes Direito, que estiveram reunidos com Mendes por mais de três horas após a suspensão da sessão, disseram na nota:

“Os ministros do Supremo Tribunal Federal que subscrevem esta nota, reunidos após a Sessão Plenária de 22 de abril de 2009, reafirmam a confiança e o respeito ao Senhor Ministro Gilmar Mendes na sua atuação institucional como Presidente do Supremo, lamentando o episódio ocorrido nesta data.”

Nesta quarta, Mendes e Barbosa protagonizaram mais uma acalorada discussão, que teve início na análise de um recurso do governo do Paraná sobre a constitucionalidade de uma lei que criou o Sistema de Seguridade Funcional do Estado do Paraná.

Joaquim Barbosa pediu detalhes sobre o caso e Mendes, relator da ação, afirmou que o ministro, além de não ter comparecido à sessão que debateu o assunto, estaria votando “por classe”, defendendo interesses de particulares. O presidente da Suprema Corte ressaltou que Barbosa não poderia “dar lição de moral a ninguém”.

Barbosa reagiu, dizendo que Mendes —que na hora deu algumas risadas— está destruindo a Justiça do país. “Saia à rua ministro, faça o que eu faço”. O presidente então disse que está na rua, no que foi repreendido duramente por Barbosa.

“Vossa Excelência não está na rua não. Vossa Excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro”. O ministro ainda pediu respeito a Mendes, dizendo que ele não estava falando com seus “capangas do Mato Grosso”.

A sessão de quarta foi suspensa após intervenção do ministro Marco Aurélio. Ele ponderou que a discussão não condizia com as normas do Supremo.


VIDEO :

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u554762.shtml